Vamos falar um pouco sobre alguns estilos artísticos bem distintos e muito interessantes que marcaram épocas e até hoje caracterizam bem os ambiantes onde estão situados.
Estilo Art Nouveau
Também conhecido como estilo 1900 ou o estilo Liberty, o Art Nouveau se apresenta como tendência arquitetônica inovadora do fim do século XIX; um estilo floreado, onde se destacam a linha curva e as formas orgânicas inspiradas em folhagens, flores, cisnes, labaredas e outros elementos.
O movimento teve início na Inglaterra em 1880 com William Morris (1834 - 1896) e Arthur Heygate Mackmurdo (1852 - 1942), artistas que atuavam na produção tipográfica e de têxteis. Nessa época acreditava-se que o século XIX demonstrava pouca ou nenhuma importância estética.Tentando reverter esse panorama, Morris, pintor, poeta e artesão, clamava por uma unificação de todas as artes com o propósito de mudar a estética vigente que era a simples reprodução dos estilos do passado. Os ideais de Morris influenciaram aquela geração de artistas e arquitetos a enfatizarem o propósito social do desenho, na tentativa de integrar a arte à vida cotidiana.
Dez anos mais tarde, o estilo tem sua estréia na Arquitetura, com Victor Horta (1861 - 1947) e seu projeto para a residência Tassel (1892 / 93) em Bruxelas; apresentando como características, além do uso de elementos orgânicos, as aberturas com formas irregulares, a exploração de elementos de textura e cor nos revestimentos, o uso de ferro fundido e vidro, o desenvolvimento de novos materiais e novas formas de expressão apropriadas.
O Art Nouveau pode ser interpretado como um movimento burguês de cunho revolucionário, na medida que afronta a máquina (Revolução Industrial) e sugere a renovação do contato com a natureza, pregando o uso da ferramenta de trabalho como prolongamento do corpo do artista (A arte contra a técnica).
(Fonte: Enciclopédia Digital Master.)
Imagens que caracterizam o estilo
Estilo Art Déco
A expressão, francesa, deriva do nome da Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes, realizada em Paris em 1925, e aplica-se a um estilo que, iniciado por volta de 1918-20, no imediato pós-guerra, só atingiria seu pleno desenvolvimento cerca de dez anos mais tarde.
No Brasil o Art Déco surge em começos da década de 1920, com a contribuição de pintores como John Graz, decoradores como Regina Gomide Graz e escultores como Victor Brecheret.
Os desenhos simples, definidos por linhas sempre muito precisas, e os ornatos geométricos, ou em representação estilizada de padrões naturais, são os aspectos característicos do art déco.
Em seus produtos variados, tornou-se norma o emprego de materiais inventados pelo homem -- das resinas sintéticas, em especial a baquelita, ao cimento armado -- em acréscimo a materiais naturais como o jade, o marfim, a prata e os cristais de rocha.
Tendência que surgiu na década de 1920, logo após a voga do art nouveau, e se espelhou sobretudo nas artes decorativas, o art déco se generalizou como estilo, durante a década seguinte, pela Europa ocidental e os Estados Unidos.
Seu nome derivou da Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes, realizada em Paris em 1925 e na qual o estilo foi pela primeira vez exibido.
Parte substancial da produção do art déco relacionou-se à moda (vestuário e adereços) e à criação de cenários, figurinos e cartazes para teatro, projetando nomes como os de Erté e Paul Poiret, ambos ativos em Paris.
Na pintura, um reflexo particular do estilo manifestou-se na obra do pernambucano Vicente do Rego Monteiro, que desde 1911 viveu entre o Brasil e a França. Em sua fase mais original, Rego Monteiro fez uso de motivos marajoaras e de figuras compostas pelos padrões tradicionais do hieratismo egípcio.
Na arquitetura, as mais significativas expressões do art déco foram dadas pelos arranha-céus americanos da época, como o Empire State Building, de Shreve, Lamb e Harmon, concluído em Nova York em 1931.
(Fontes: Enciclopédia Britânica - Artcyclopedia; CD-Rom "500 Anos da Pintura Brasileira")
Imagens que caracterizam o estilo
John Graz
Victor Brecheret
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